DO OUTRO NATAL

( Pediram-me para repetir, mas agora com uma flor)
Subo as escadas aliviado dum longo dia de trabalho e chamo por ti. Não te vejo, mas adivinho que estás a sorrir. Volto a chamar-te e espreito pela porta entreaberta e vejo-te à procura do meu olhar, com o teu sorriso que ilumina o quarto e a minha vida. Aproximo-me e já não sorris, mas ris sonoramente quase à gargalhada. Teus pés e tuas mãos de criança agitam-se de contentamento e eu fico para ali pasmado de alegria. Foi no tempo de eu sentir o encanto de ser pai.
Hoje foste tu a subir as escadas e a trazeres um sorriso diferente. Ficaste a olhar-me e disparaste atenta à minha reacção: “Vais ser avô!” Não disse nada, mas dentro de mim espraiava-se o teu sorriso, como quando era eu a subir as escadas. E o futuro ficou com um significado diferente.
Hoje foste tu a subir as escadas e a trazeres um sorriso diferente. Ficaste a olhar-me e disparaste atenta à minha reacção: “Vais ser avô!” Não disse nada, mas dentro de mim espraiava-se o teu sorriso, como quando era eu a subir as escadas. E o futuro ficou com um significado diferente.